Vila Marcelina

São Paulo, SP  |  2007

São duas residências com planta livre nos térreos e duas suítes no segundo piso. O desafio do projeto era criar um espaço interessante e racional no pouco espaço que sobrara após o desmembramento.

O projeto das residências propostas para o lote localizado nesta pacata rua do bairro da Lapa, no município de São Paulo, foi encomendado por uma investidora que pretendia criar duas pequenas unidades com qualidade e que “não impactasse demais” na paisagem do local. Nesta rua, a ocupação foi feita em lotes de testada de 5 a 8 metros. Desta maneira, para implantar as duas unidades com testada de aproximadamente 12 metros, cada uma, o desenho considerou um escalonamento a fim de criar continuidade para o ritmo estabelecido naquela área. O desenho das abóbadas cria um diferencial estético para o edifício contrastando com o entorno e desta forma cria um atrativo visual de referência, resultado bem benéfico para um empreendimento comercial de venda.

As abóbadas são curvas em parábola construídas com tijolos de barro. Esta é uma solução adotada para baixar os custos da obra e conferir uma espacialidade agradável aos quartos e banheiros. Para a sustentação destas abóbadas, o ideal seria trabalhar em toda a estrutura com técnicas construtivas de carga distribuída. Porém, por se localizar o lote num charco, as fundações teriam de ser – de qualquer modo – profundas. Por isso optou-se por uma estrutura de concentração de cargas no térreo, uma laje como estrutura de transição e, daí para cima, estruturas de distribuição de cargas. A estrutura dos térreos é metálica e do segundo piso alvenaria estrutural em blocos de concreto.

TAGS: residencial; abóbadas;